Nem sempre percebi as voltas que a vida deu. Nem sempre aceitei as mudanças. Era intolerante a tudo o que vinha agitar o meu pequeno mundo… Impaciente por natureza. Legitimo, não? É perfeitamente natural não aceitar os dissabores da vida, as contrariedades excessivas que teimam em permanecer e que normalmente não trazem data de validade. Os problemas parecem infinitos… Parecem ter vindo para passar umas longas férias! Insuportável… Aquela sensação de avançarmos dois passos e recuarmos três! Testam-me ao limite! Testam a minha tolerância, sugam-me a resistência…
Porém também nos levam a perceber que, afinal,
aguentei mais do que alguma vez imaginei. Sou mais forte do que alguma
vez julguei e aguentei as vicissitudes como se estivesse a lutar pela
sobrevivência no meio de uma onda gigante.
Mais tarde, ainda meio aturdida, e sem percebe muito bem como ultrapassei a tempestade, concluí que a consequência das
contrariedades eram, afinal, o caminho da felicidade e da mudança… Caso contrário
ainda estaria tudo no mesmo lugar.
O problema era esse… aquele não era o meu
lugar! Encontrei-me no meio da tempestade e percebi que o meu lugar é aqui…
onde sou feliz!
Por vezes não compreendemos os caminhos tortuosos da
vida, por vezes a intolerância leva-nos ao desespero! No fim das contas valeu a
pena… apanhei os cacos, guardei-os num lugar secreto e segui em frente.
Cheguei à conclusão de que me desmoronei para me voltar
a reconstruir.
E ainda em “reconstrução” apraz-me citar uma frase que
escrevi no meu primeiro livro… “Nada acontece por acaso… Tudo na vida tem o seu
propósito.”
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